quarta-feira, 8 de setembro de 2010

José de Azeredo Perdigão

Os "justos" são a porção viva e sã, mas escondida, da comunidade a que
pertencem. Garantem a sua capacidade de regeneração.
O fundamento da
esperança no futuro é o reconhecimento dos "justos" que nos rodeiam, seja
qual for o meio e o apoio que somos capazes de lhes dar na sua luta pela
"justiça"
José Mattoso
Historiador


Dia 18, sábado, pelas 15h00, o Conservatório Regional de Música José de Azeredo Perdigão leva a cabo a sessão de homenagem ao patrono que lhe dá o nome.

O acontecimento marca o início oficial das comemorações do 25º aniversário da fundação do conservatório (1985-2010).

A missiva, que deve introduzir a cerimónia do descerramento da lápide comemorativa, abrirá com a epígrafe deste texto, retirada do artigo "Uma ideia para Potugal" in P2 (jornal Público de 6 de março de 2010). Nele o historiador responde ao desafio que lhe foi lançado pelo periódico sobre o que nós podemos esperar de Portugal depois de olharmos para o passado.
O historiador, a propósito, questionava se haveria ainda lugar, no mundo de hoje, para uma concepção humanista da existência. E ele, categoricamente, dizia: «não acredito numa ideia para Portugal senão baseada no respeito pelo homem e pela sua dignidade. O domínio da técnica ameaça o homem porque dá o poder, mas não garante o seu bom uso.»
E propõe que se acredite no efeito da acção do "justo" sobre a comunidade a que pertence em virtude do princípio da solidariedade.

"Só isso servirá de antídoto contra a desilusão que nos causam os poderosos...."

José Azeredo Perdigão, também ele um homem justo e amigo da sua terra, cedo se apercebeu da necessidade de apoio às Artes, como factor de desenvolvimento sócio-cultural da sua cidade e região.
Daí a aposta feita no implemento duma obra com vocação para o ensino despecializado da Mùsica.
O resultado está á vista.
O êxito do conservatório também a ele se deve.
É, pois, justa a homenagem.

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