sábado, 30 de janeiro de 2010

Pequenos Anjos de Txon Bon

"Pequenos Anjos de Txon Bon" é o título do livro mais recente de Isabel Cabral.
A sessão de apresentação decorreu, hoje, pelas 15h30, na Sala da Biblioteca Municipal de Viseu, muito bem decorada para o efeito.
Um sucesso.
Sala cheia. Plateia homogénea, muito interessada e atenta a tudo quanto se passou.
Vários momentos inesquecíveis.
As palavras da apresentadora Graça Magalhães, que citou o crítico literário Manuel Higino, colunista do jornal diário "Hoje em Dia", de Belo Horizonte: "Isabel tem, em primeiro lugar a qualidade essencial que Wilde distinguia nos livros: ser bem escrito. Linguagem límpida, saborosa, com o interessante vocabulário do português falado na península ibérica."
A improvisação da Autora; um belo discurso explicativo das ficções que compõem a obra.
Os pequenos anjos de Txon Bon estão associados à localidade do Tarafal, Cabo Verde, aqui recordada por motivos muito dignificantes; todavia, eles, pequenos anjos, vão estar presentes nas diversas e cativantes ficções; cada uma delas é perpassada por um pequeno anjo de txon bon, sinónimo da fragilidade de quem está a desabrochar para a vida e é tantas vezes maltratado. Por isso carece duma mão salvadora que acarinhe, acaricie e projecte para um futuro mais risonho. É esse o denominador comum das ficções.

Extraordinárias interpretações musicais [de guitarra] do Professor Marco, da Dra. Paula Sobral e do Professor Manuel Tavares. As peças foram uma bela homenagem a Bach, Carlos Paredes, Amália Rodrigues e Carlos Seixas. Senti que estas figuras da história da Música, estavam ali, à nossa frente, bem vivas.
O Professor José Carlos, director pedagógico do Conservatório Regional de Música Dr. José de Azeredo Perdigão, também esteve presente. Deve ter sentido um grande orgulho, quando foi anunciada a execução de "Verdes Anos"[esse mesmo, que a Amália eternizou], com arranjo da sua autoria. Os seus dotes de compositor já de renome nacional, ficaram mais uma vez comprovados, como pudemos constatar ao ouvir esta bela obra.
A plateia estava rendida à qualidade do espectáculo.
Bela tarde, para as Letras e para a Mùsica.
Queremos mais sessões como esta.
Deus queira!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Lua cheia

Está uma bela noite de lua cheia!
Ainda bem que criei este blog.
Acabo de fazer ma viagem em que pensei nele por várias vezes. E sempre que tal acontecia, de imediato olhava, através da janela do carro, para o belo astro, que se mantinha firme no seu posto, iluninando os lugares por onde passava. Estou convencido que só o blog me fez olhar para o céu.
Nunca uma noite de lua cheia teve tanta imporância para mim.
Surgiu-me, até, a ideia de, sempree que puder, fazer uma associação das fases da lua a determinados acontecimentos que poderão ser divididos segundo as características que mais se assemelharem a cada uma dessas fases.
Hoje quero realçar a boa companhia que o belo astro me fez desde litoral até ao planalto beirão. Proporcionou-me raros momentos de contemplação, como aquele em que passei na Penoita - esse mesmo, o lugar do circuito - em que olhei para o firmamento e fitei as estrelas em todo o seu esplendor. TUDO ERA HARMONIA. Aí o solitário viajante sentiu a sua mente inundada por uma enorme onda de paz espiritual que o haveria de deixar feliz. Pelos filhos, pela mulher, pelos pais, irmãos e alguns amigosque lhe vieram à memória.
Uma aventura! Devo-a a este simples instrumento de comunicação.
Nunca pensei.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Morreu o Neves

A notícia surgiu, em forma de poema, no ENTRE NÓS, jornal da escola Secundária Alves Martins-Viseu.
Um belo poema em que o Ferreira (é assim que o tratava habitualmente) se reconhecerá.
Gosto muito. Foi um gesto bonito que muito apreciei. Denota uma grande sensibilidade e veia poética por parte do seu autor.
Aproveito o blog - anteontem criado - para fazer a minha primeira mensagem, prestando pubicamente a merecida homenagem ao rapaz bom que sempre foi, e, para mim continua a ser, o amigo António Ferreira.
Para sempre.
P. Monte Real

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Morreu o Neves [2]

Mantenho o último "ENTRE NÓS" em cima da secretária, aberto na quarta página, onde tem lugar o poema dedicado à partida do Ferreira. O meu olhar não sai daquele canto inferior direito. Nele vejo o rosto sereno e pensativo do homenageado; e leio mais uma vez o texto. Uma rica criação literária que sobressai em toda a extensão da página. Dignifica, em primeiro lugar o seu autor [ilustre desconhecido], e, em segundo lugar, toda a equipa do jornal. É o reconhecimento público do valor de um jovem que dedicou a vida ao ensino.

Lembro o seu ar de felicidade quando, num certo dia, me falou da inauguração da Exposição sobre o 25 de Abril que organizara para a escola. Muito trabalho lhe deu, mas, para ele só importava o benefício que traria para o enriquecimento cultural dos seus alunos, meninos como ele. O seu sorriso de então, nele tão característico, aparece na foto que ilustra o poema.

O "ENTRE NÓS" de Dezembro de 2009, o primeiro que me veio parar às mãos, ganhou um lugar no fundo do meu coração.

Merece um aplauso.

Com certeza vai ficar na história da escola.

domingo, 24 de janeiro de 2010

a partir da lua

A partir da lua, com os pés bem assentes na terra. É este o lema do blog que nasce numa tarde de Janeiro [mês que, por coincidência, é afamado pelo seu magnífico luar], com a finalidade de proporcionar a um grupo de amigos mais um meio de contacto entre eles. Quando todos os meios clássicos de comunicação falharem, os elementos do grupo sabem que agora passam a ter uma nova e original forma de manter a sua ligação.
Comparo o blog a uma linha telefónica, sem fios, com a grande vantagem de nos obrigar a pensar um pouco mais naquilo que queremos dizer. O que, diga-se, em abono da verdade, poderá ajudar a que se tenha mais tento na língua. Já não é coisa pouca.
A comunicação escrita obriga a pensar. Esta vantagem também não é nada desprezível nos dias de hoje em que tudo prima pela rapidez. Tudo se faz a correr, tudo se quer num ápice, tudo se diz sem pensar. É bom que exista um instrumento que nos permita, de vez em quando, parar para pensar.
Pensar. Cá está o fim último deste blog.
Afinal, e em resumo, estão lançados os alicerces do blog: comunicar e pensar.
Mas, o blog serve também para divertir. O nome inclui a referência à lua. Querem melhor elemento para despertar a nossa imaginação?
Alguém conhece melhor fonte de inspiração do que uma bela noite de lua cheia?
A criança que há em nós parte constantemente para o firmamento, onde, à luz do luar, descobre as estrelas. É a riqueza da descoberta, alimentada por um espírito de permanente curiosidade, que se pretende fomentar no blog.
Para sempre.
Petrus Monte Real